what do you fight for?

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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Alguma salvação?


Em um primeiro momento eu estava no meu quarto, tranquilamente olhando o teto. Na verdade, nada existia no teto mas mesmo assim eu o olhava de forma intensa. Pensativo eu estava e pensativo eu fiquei. Era manhã, minha cara de sono mais do que notável. Sim, seria essa palavra a melhor para dizer como eu estava. Eu estava desorientado, mesmo. Mas algo me chamou a atenção pela janela, eram chamas. Por isso eu estava achando estranho estar tão claro...e porque eu confundiria a claridade das chamas com a luz do dia? E como eu poderia estar tão desorientado a ponto de achar que era de manhã se eu tinha acabado de me deitar pra dormir? E como eu estava com cara de sono se eu não dormira? Ou dormira? O que eu poderia dizer mesmo era que eu não lembrava de nada mesmo.
Levantei-me como toda e qualquer pessoa que quisesse saber o que estava acontecendo e olhei diretamente pela janela do meu quarto até fora da casa. Estava tudo em chamas, mesmo. Estranho pois não existia qualquer floresta por perto e apenas o chão estava queimando, em volta da casa. E porque ninguém mais na casa notava? Gritei. Gritei. Desci as escadas e encontrei meus pais na sala com gases em volta de todo o seu corpo. Como múmias e estavam parados, intactos. E onde estaria minha pequena irmãzinha Alessandra? Ela havia simplesmente sumido. Gritei de novo. E de novo.
Era algo muito inesperado e isso me aterrorizava mais ainda. A situação, meus pais. Eu não iria chorar. Pelo menos não agora. Eu deveria ser forte e descobrir tudo. Para ser forte seria necessários forças. Teria eu forças? Uma salvação? E Alessandra, onde estaria ela?
Uma luz veio forte, não identifiquei de onde. Era uma explosão. E mais chamas. Pela janela querendo entrar pela casa. Alessandra aparecia da cozinha com um sorriso de orelha a orelha. E com esse sorriso pude notar que ela não sentia compaixão com o acontecimento. Ela estava com um sorriso malicioso. Assustador.
Pude sentir uma brisa gelada, um toque frio de mãos em mim e olhei pro lado. Nada. Senti um beijo no rosto e dores em todas as partes do corpo, como estacas e facas ao mesmo tempo sendo colocadas rapida e friamente em minha barriga, tentando me matar. E eu estava morrendo. Mas não via minha assassina e nem via o que ocorria, só sentia. Olhei para o lado antes de desmaiar. Alessandra estava lá, sorrindo e acenando para mim, exatamente do meu lado, dois metros de distância ou menos. Ela tinha me matado. E eu estava realmente morto.
Não sei como, eu estava morto mas mesmo assim estava lá para assistir. Olhava para o meu corpo sendo colocado como uma múmia. O mesmo dos meus pais. E Alessandra fazia isso como quem brinca de casinha. Mas algo estava errado. Ela não calculara uma margem de erro: o fogo consumia a casa e já a queimava. Vi minha família ser destruída, praticamente. Eu estava morto e todos.

O mundo está sendo estragado constantemente, e claro, quem está sofrendo é todos. Quem faz e quem não faz. Todos estão pagando a consequência de atos que nem todos têm culpa. E o pior de tudo: ninguém assume o que faz ou tenta melhorar, só querem saber de seus custos. Foi como em minha sala, em um trabalho, algumas pessoas de minha sala estragaram a outra sala, gravaram, colocaram no youtube e claro que a coordenação descobriu e a professora não deu pontos para ninguém como consequência de atos que não eram de todos e apenas de 9, isso é horrível, não? É a realidade, simplesmente. E agora? Todos poderíamos fazer nossas partes e tentar ajeitar o que os outros cometem.

Boa tarde, bloggers, se cuidem.

sábado, 12 de dezembro de 2009

O surgimento de algo novo.


Era noite. Tarde da noite. Escuridão iminente, claridade apenas de luzes não-naturais. Formando-se através de um momento não marcado em qualquer calendário, um eclipse belo, onde apenas uma pessoa estava vendo. Olivia Alison Redouf estava olhando admirada para a sincronia e a perfeição da natureza. Mas o que ela fazia lá fora? Ah, claro, pensando na vida, na destruição e na perda de seus pais e ainda mais...a perda de seu namorado. Por morte e não por termino de namoro. Sim, triste. E lá estava ela, admirando a lua, e do nada vendo a mesma sendo substituída por uma enorme claridade. Só ela assistia àquele show, pois, afinal, ninguém havia sido informado e todos na cidade de New Light Falls estavam dormindo.
O corpo de Olivia se contraia, seus olhos brilhavam. As lágrimas estavam gélidas e caiam como pedras de gelo ao chão. Os olhos passaram de um castanho escuro para um marrom topaz, uma cor linda, se não fosse o início de uma maldição. Há quem contradiga o que acabou de ser dito, mas muitos prefeririam morrer a sentir tal dor. Olivia estava sentindo enormes e marcantes dores, dores essas que não seriam curadas tão facilmente. Vários cortes apareceram por seu corpo. Mas o que seria aquilo? Era impossível tentar adivinhar, mas era a presença de algum ser muito forte. Algum ser da escuridão. Ela não sentia mais nada além das dores e não escutava nenhum barulho. Antes de ser mordida por algo estranho, ela apenas visualizou as presas incrivelmente afiadas saindo da escuridão, os olhos brilhavam e as presas atingiam o seu pescoço. O que quer que fosse aquilo que saiu das presas do animal estava entrando em sua corrente sanguínea, ela podia sentir que algo nela estava mudando, podia sentir aquilo entrando em seu corpo. Era incrivelmente ardente, sombrio.
Ela ficou lá, parada, por quase uma hora, com os olhos para o céu, sem noção alguma do que ocorria. Ela sentia dor, mas parecia ter tomado uma anestesia mal sucedida. Nada poderia fazer, apenas deixar as lágrimas escorrerem. A única coisa que a "despertou" do inconsciente foi a claridade do sol que já chegava, clareando todo o seu corpo e queimando, formando uma enorme fumaça por lá. Ela pulou e correu para sua casa, onde ficou lá, se protegendo do sol, mas mesmo assim ela se queimava. Resolveu colocar gelo ao seu redor, e tudo ficou calmo.
Durante anos ela fez o seu manual de sobrevivência e trouxe pessoas para o seu lado, por não se controlar as vezes com o seu poder, mostrando e contando tudo o que ela vivenciou e as dificuldades e tudo o que ela tentou. A primeira vampira, a lenda ainda viva. E o mais incrível: ela se permaneceu intacta, com a mesma beleza e idade, sempre.

Algo diferente é sempre atraente. Nos machuca, mas nos atrai, por ser diferente. O amor, por exemplo, nos atrai, é novo de pessoa pra pessoa, mas as vezes machuca, até com simples brigas. O medo de perder. Mas a vida continua, assim como na história, ela superou as dificuldades. Sim, tem uma lição de moral. E sim, essa história foi eu quem fiz e a Dani deu algumas dicas. (obrigado, Dani *-*)

Sem mais, bloggers, boa noite.